segunda-feira, 14 de junho de 2010

Crise económica desvia interesse dos países na aplicação de medidas ambientais

“A conjectura económico-financeira não convida os países a fazerem grandes investimentos nas medidas de prevenção e de combate às alterações climáticas”, afirmou Jan-Karel Mak, presidente da ENEP – Rede Europeia de Profissionais do Ambiente (ex-EFAEP) durante o CLIMA 2010 – II Congresso Nacional sobre Alterações Climáticas.

Ao mesmo tempo que, em grande parte dos países europeus, “aumenta cada vez mais a consciencialização de que alguma coisa tem de mudar e de que o tempo está a esgotar-se, surgem muitos obstáculos e problemas que empurram estes assuntos noutra direcção”, revela Jan-Karel Mak.

Contudo, sublinha o presidente da ENEP,” a tendência é clara na Europa, e também nos Estados Unidos, de que os comportamentos e alguns estilos de vida têm de mudar”.

Por outro lado, o facto do tema do ambiente e da necessidade de contribuir com medidas de prevenção ter vindo a ser uma oportunidade de marketing para a promoção de algumas empresas é, na opinião do especialista, um aspecto positivo, desde que se baseie em fundamentos honestos.

“De facto, existem cada vez mais empresas que são mais progressivas em relação a operações mais sustentáveis, desenvolvem produtos mais sustentáveis, e estão a obter uma vantagem económica, mas de forma positiva”, explica Jan-Karel Mak.

A ENEP foi criada em 2002 e reúne mais de 40 mil profissionais ligados à área do ambiente, oriundos de 13 países europeus. Como salienta o presidente da ENEP, “trata-se de uma plataforma independente, que visa, entre outros objectivos, contribuir para o desenvolvimento e aplicação de políticas ambientais no continente europeu”.

Ao contrário de outros grupos, “que tentam influenciar as decisões políticas em benefício do seu interesse”, a ENEP é constituída por profissionais de diferentes países e que exercem em diversas empresas, organizações ou universidades.

Ou seja, conclui Jan-Karel Mak, “se preparamos um ponto de vista, ou uma posição, ela não está associada a nenhum interesse individual, e isso é relevante aos decisores políticos europeus porque eles sabem que, o que dizemos, baseia-se apenas no nosso julgamento profissional, e não na vantagem particular de um grupo de lóbi”.

O CLIMA 2010 – II Congresso Nacional sobre Alterações Climáticasrealizou-se de 27 a 29 de Maio, na EXPONOR, em Matosinhos.

Durante os três dias de congresso, foram debatidos temas como:
 Autonomia energética e combate às alterações climáticas;
 Papel do transporte ferroviário no combate às alterações climáticas;
 Novos desafios internacionais na mitigação das alterações climáticas;
 Smart Grids e Smart Metering – Rumo a Cidades de Baixo Carbono;
 Inovação em soluções de mobilidade sustentável nas cidades;
 Mobilidade eléctrica – novo paradigma na mobilidade;
 Eficiência energética e serviços de energia no combate às alterações climáticas;
 Estratégias Empresariais de Combate às Alterações Climáticas.
O CLIMA 2010 – II Congresso Nacional sobre Alterações Climáticas conta com o alto patrocínio do Presidente da República e da Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território.


Informações Adicionais.
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Notícias APEA - CLIMA 2010

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