terça-feira, 28 de dezembro de 2010

UE nas metas de diminuição de emissão de gases de veículos comerciais


Ministros do Ambiente da UE manifestaram ontem no Conselho de Ministros de Ambiente apoio a uma proposta da Comissão Europeia que define limites de emissão para os novos veículos comerciais ligeiros para 2020. A proposta inicialmente apresentada era mais ambiciosa mas depois dos protesto da indústria automóvel, os objectivos foram revistos “em baixa”.


Esta nova legislação vem no sentido de garantir o cumprimento da meta de redução de 20% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) na União Europeia, adoptada em 2008 no âmbito do Pacote Clima-Energia.

As discussões em Novembro resultaram na definição de limites de emissão faseados para os novos veículos comerciais ligeiros - 175 gCO2/km em 2017 e 147 gCO2/km em 2020 – quando a Comissão Europeia tinha apontado para um limite de 135 gCO2/km em 2020. Os Ministros do Ambiente concordaram com esta alteração, apesar de estudos divulgados pela Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E) evidenciarem que uma redução da potência dos motores para os níveis de 1997 poderia representar uma redução em 16% dos custos de combustível e das emissões de CO2 associadas.

A associação ambiental portuguesa, Quercus, posicionou-se: “A Quercus considera que esta foi uma oportunidade perdida, porque permitiria “atacar” de uma só vez três dos mais graves problemas que o sector dos transportes enfrenta: a redução do consumo de energia, a redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e a redução da sinistralidade rodoviária.

A associação ambiental apela ao governo português que fuja ao conformismo europeu e vá mais longe nas suas metas nacionais. “A falta de ambição nas discussões sobre este regulamento é um passo atrás no combate às alterações climáticas e tem repercussões no contexto nacional. Se Portugal quer reduzir as emissões no transporte rodoviário de mercadorias terá que apostar num sistema fiscal que penalize os carros mais poluentes, nomeadamente em sede de Imposto Único de Circulação e que taxe eficientemente a utilização destes carros nas empresas”, afirma Francisco Ferreira da Quercus.

Notícias Indústria e Ambiente.

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