terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Índice ACGE: empresas portuguesas cada vez mais amigas do ambiente


As empresas em Portugal estão a evoluir no sentido positivo no que diz respeito às questões climáticas. Segundo o índice ACGE 2010, cujos resultados foram apresentados na passada quinta-feira, energias renováveis e eficiência energética são alvos de investimento pela grande maioria das empresas portuguesas.

O índice ACGE ( Alterações Climáticas e Gestão de Empresas) vai na sua 6ª edição e todos os anos estabelece um ranking que permite avaliar a respostas das empresas ao desafio das questões climáticas e a uma economia de baixa carbono. O objectivo é avaliar o desempenho do tecido económico e empresarial português relativamente ao ambiente.

Este ano foram analisados 14 sectores do ambiente, 54 empresas, avaliadas segundo 42 critérios.
Segundo a Euronatura, responsável pelo índice: “considerando os sectores de análise, verificámos que aqueles que detêm obrigações decorrentes do Protocolo de Quioto obtêm, globalmente, melhores resultados: Minerais, Resíduos, Energia e Celulose e Papel.”

Embora seja referido que há algumas empresas que não “manifestam qualquer envolvimento com o tema”, a Euronatura refere que face ao ano anterior, as empresas continuaram a evoluir e não estagnaram, explicando que “há cada vez mais empresas com ambição de se tornarem players nas questões ambientais”.

A Brisa e a Lipor são aquelas que mostraram maiores progressões de 2009 para 2010, posicionando-se assim no pelotão da frente, a par dos CTT, EDP, Sonae Sierra, BES, CGD, Portugal Telecom, Vodafone Portugal e Carris.

“As empresas com melhores classificações, conseguem, tipicamente, estabelecer um plano estruturado e consistente de objectivos a longo prazo, dominam, de forma crescente, a monitorização dos indicadores climáticos relevantes, utilizam o CO2e como indicador preferencial para a definição de objectivos e conseguem que as suas preocupações e reporte de responsabilidades trespassem para a cadeia de valor”, refere a Euronatura.

O investimento das empresas no que toca a questões ambientais é dirigido principalmente às energias renováveis e à eficiência energética.

“Considerando os resultados de forma global, verificamos que as empresas manifestaram resistência em assumir e definir objectivos e metas quantificadas de emissões de GEE que considerem a totalidade da sua responsabilidade climática”, conclui a Euronatura.

Apenas 22,64% das empresas alinham os seus objectivos climáticos com o indicador emissões GEE. O consumo de energia (eléctrica, combustível) é o indicador mais utilizado, sendo de monitorização mais fácil e directa.

Em 2009 apenas metade das empresas avaliadas conseguiu reduzir as suas emissões. “ A Euronatura verifica que metade das empresas não prevê ou não antecipa custos a médio prazo, associadas a pressões financeiras e/ou reguladoras da economia do carbono”, diz no relatório da Euronatura.

http://www.responsabilidadeclimatica.net/

Notícias Indústria e Ambiente.

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